quinta-feira, 31 de março de 2011

As Trincheiras

As Trincheiras foram a marca inesquecível da grande Guerra, os que viveram nelas se foram, mas suas provações estão registradas nas cartas de combatentes, na literatura, no cinema. A presença constante da morte, do ferimento, do gás tóxico, do medo, enfim, coexistia com a miséria da lama, dos piolhos, dos ratos, da imundicia.Os novos engenhos bélicos, especialmente a artilharia pesada, a metralhadora e a aviação tornaram ineficaz a guerra de movimento. As posições estabilizaram-se e, na frente ocidental, as trincheiras caracterizaram a segunda fase da primeira guerra mundial. Em 1915, na frente ocidental, os Aliados conheceram duros reveses: numa ofensiva de grande envergadura, na Champanha, 300 mil soldados franceses são mortos. Na frente balcânica luta-se pela posse dos estreitos de passagem para o mar Negro. Em 1916 os alemães organizaram uma grande ofensiva na frente ocidental que culminou com a maior e mais encarniçada batalha da guerra: Verdun. Durante quatro meses, as tropas aliadas, comandadas pelo marechal Pétain, defendem-se dos terríveis bombardeamentos da artilharia alemã e conseguem evitar a tomada da cidade. Apesar dos 275 mil soldados franceses mortos na batalha (dos alemães tombaram 240 mil), Verdun foi moralmente uma vitória francesa. No mar, as frotas aliadas e alemã travaram o único combate naval importante da guerra - a batalha da Jutlândia - onde, apesar da eficácia dos submarinos alemães, não houve um vencedor claro. Na frente oriental os Russos obtiveram alguns êxitos espectaculares, enquanto que nos Balcãs a Roménia era praticamente conquistada pelos exércitos da Austria-Hungria e da Bulgária.


          As Trincheiras Inimigas